Por Romerito Ferreira, biólogo, professor e analista ambiental
O
Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu no dia 05 de junho de 1972 na Conferência de
Estocolmo, esse evento teve o intuito de mobilizar povos e países na conscientização e preservação ambiental. A importância desta data está
relacionada às discussões sobre
poluição do ar, solo e da água, desmatamento,
diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição da
camada de ozônio, das espécies vegetais e das florestas, e a extinção de animais.
No entanto, cada um pode
cumprir com seu papel de cidadão, não desperdiçando a água potável, não jogar
lixo nas ruas, reutilizar mais os materiais, repensar na real necessidade do consumo:
será que preciso comprar mesmo isso? Por exemplo... Ou usando menos produtos descartáveis,
produtos que causem danos ao meio ambiente. Essas são algumas formas simples
para preservar o meio ambiente e garantir um futuro melhor para as futuras
gerações.
Por outro lado, a atual
situação das nossas unidades de conservação em nosso país não é nada agradável,
essas vêm sofrendo perdas de espaço para suprir necessidades do próprio
crescimento econômico, em 2012 o governo federal reduziu os limites de três
parques nacionais na Amazônia para construção de hidrelétricas. Segundo um
levantamento feito por uma equipe coordenada por Enrico Bernard, da
Universidade Federal de Pernambuco, entre 1981 e 2012, houve 93 alterações no
status de conservação em áreas protegidas no país. Tramita
no Congresso também um projeto para cortar um quarto do Parque Nacional da
Serra da Canastra, a sexta maior área do cerrado.
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Vista área do Parque das Dunas. |
A nível de estado vivenciamos
um grande debate em torno do atual projeto de
reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire. Nessa situação vemos a
primeira unidade de conservação do Rio grande do Norte (Parque Estadual das
Dunas do Natal "Jornalista Luiz Maria Alves"), “Parque das Dunas”.
Correndo sério risco de perder um pedaço de seu fragmento para “tentar” solucionar
o problema da mobilidade urbana daquela área.
Portanto,
neste caso local vemos o descaso de nossas autoridades na preservação dessa
área que presta tantos serviços ambientais para Cidade do Natal. Em geral,
precisamos de algumas mudanças no modelo de administração em nossas
unidades de conservação em nosso país, caso contrário veremos pouco a pouco a
diminuição desses espaços tão importantes para sobrevivência das espécies.