quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dia Mundial do Meio Ambiente, temos algo a comemorar?



Por Romerito Ferreira, biólogo, professor e analista ambiental

    O Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu no dia 05 de junho de 1972 na Conferência de Estocolmo, esse evento teve o intuito de mobilizar povos e países na conscientização e preservação ambiental. A importância desta data está relacionada às discussões sobre poluição do ar, solo e da água, desmatamento, diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição da camada de ozônio, das espécies vegetais e das florestas, e a extinção de animais.

      No entanto, cada um pode cumprir com seu papel de cidadão, não desperdiçando a água potável, não jogar lixo nas ruas, reutilizar mais os materiais, repensar na real necessidade do consumo: será que preciso comprar mesmo isso? Por exemplo... Ou usando menos produtos descartáveis, produtos que causem danos ao meio ambiente. Essas são algumas formas simples para preservar o meio ambiente e garantir um futuro melhor para as futuras gerações.

      Por outro lado, a atual situação das nossas unidades de conservação em nosso país não é nada agradável, essas vêm sofrendo perdas de espaço para suprir necessidades do próprio crescimento econômico, em 2012 o governo federal reduziu os limites de três parques nacionais na Amazônia para construção de hidrelétricas. Segundo um levantamento feito por uma equipe coordenada por Enrico Bernard, da Universidade Federal de Pernambuco, entre 1981 e 2012, houve 93 alterações no status de conservação em áreas protegidas no país. Tramita no Congresso também um projeto para cortar um quarto do Parque Nacional da Serra da Canastra, a sexta maior área do cerrado.

  
Vista área do Parque das Dunas.
A nível de estado vivenciamos um grande debate em torno do atual projeto de reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire. Nessa situação vemos a primeira unidade de conservação do Rio grande do Norte (Parque Estadual das Dunas do Natal "Jornalista Luiz Maria Alves"), “Parque das Dunas”. Correndo sério risco de perder um pedaço de seu fragmento para “tentar” solucionar o problema da mobilidade urbana daquela área. 

      Portanto, neste caso local vemos o descaso de nossas autoridades na preservação dessa área que presta tantos serviços ambientais para Cidade do Natal. Em geral, precisamos de algumas mudanças no modelo de administração em nossas unidades de conservação em nosso país, caso contrário veremos pouco a pouco a diminuição desses espaços tão importantes para sobrevivência das espécies.

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